My Name Is Lucy Barton

Lucy Barton is in a hospital bed, taking her time recovering from a routine surgery. Lucy aproveita pouco o que é escasso dos visitas do marido e das filhas. A incomparável visita da mãe, que fica cinco dias sentada à sua cabeceira, enlivena a branca monotonia dos dias no hospital. Mãe e filha não conversavam ainda há anos, tanto os que Lucy passou senza conhecer as netas e os que a mãe passou sem a visitar a casa onde cresceu em Nova Iorque.

Reunidas, as duas trocam novidades e cochichos sobre os vizinhos da infância de Lucy, mas, por baixo da superfície plácida da conversa de circunstância, pulsam a tensão e a carência que enformaram todos os aspectos da vida de Lucy: a infância de pobreza e privação no Illinois, a fuga para Nova Iorque (a única dos três filhos que o fez) e a desintegração silenciosa do casamento, apesar da presença luminosa das filhas. O presente e o passado de Lucy Barton são iminentemente vulneráveis de implosão, portanto, ela precisa se concentrar para cair mais longe e para retornar ao pé.

Mais ainda do que uma história de mãe e filha, este é um romance sobre as distâncias por vezes insuperáveis entre pessoas que deveriam estar muito próximas, sobre o peso dos não-ditos no seio das relações mais íntimas e sobre a solidão que todos sentimos alguma vez na vida. A voz de sua própria Lucy, tão observadora, sábia e profundamente humana como an escritora que lhe dá forma, entrelaça esta poderosa narrativa.